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26 outubro 2008

Tim Festa

O título foi algo que escutei de um cara com quem eu conversava na fila do banheiro no Tim Festival de ontem, ao nos referirmos à versão 2007 do evento. "O que eu vi ano passado foi Tim Festa", disse, ao compararmos a estrutura deste ano à do ano anterior.

E a diferença foi totalmente discrepante.

Local coberto, ao melhor estilo Free Jazz Festival no Jockey (que depois foi aproveitado numas versões do Tim de 2003 e 2004, se não me engano), em pleno parque do Ibirapuera, com direito a incluir as árvores do local e protegê-las (ou proteger-nos contra topadas desavisadas?) com grades, tablado com carpete, aparelhagem de som muito boa e aceitando cartão para pagamento de qualquer coisa.

O banheiro merece um comentário a parte: patrocinado pela nivea, as cabines eram de madeira, e até que estavam bem limpinhas pra um banheiro químico. Nas horas em que fui, até tinha papel higiênico. Para lavar as mãos, sabonete nivea, creme hidratante pro rosto e tinha até desodorante à disposição da galera! Inédito!

Bem, o show do National foi tudo aquilo que se esperava. Abriram com Start a war e Secret meeting e não lembro mais qual. Sei que depois alternaram entre canções do Boxer e do Alligator. Rolou um descontrol da minha parte, mas, who cares? Diante de um público em que 90% tinha ido para ver MGMT, com faixinhas na cabeça, camisetas sem manga etc, etc, etc, não foi difícil esguelar Mistaken for strangers, Squalor Victoria e Mr. November. Aliás, eu até queria comprar uma camiseta que eles costumam vender nos shows nos EUA, com uma foto do Obama e escrito Mr. November embaixo, mas ontem não rolou.

O Matt foi bem simpático com a galera, dava pra ver que eles estavam curtindo, apesar de serem todos monossilábicos e contidos. Destaque para o violonista, que às vezes tocava seu instrumento como se fosse um cavaquinho ou algo parecido. Fucking amazing!!!

Sem comentários pro show que veio depois. Quem foi pra gostar gostou. Som muito alto, típico de quem faz isso pra encobrir ou esconder a falta de talento. MGMT foi Time to Pretend, Kids e Eletric Feel. Nada mais. Fashionistas e estudantes da faap e belas artes que foram devem ter gostado muito. Eu até fiquei até o final com esperança de que melhorasse, mas não teve jeito.

Enfim, deu até pra esquecer a falta de organização do Tim festival do ano passado, a começar por ter escolhido um dia apropriado (sábado e não domingo como em 2007) e começar relativamente cedo (23h30 o MGMT já estava tocando) para os padrões paulistanos de shows na rua Augusta.

Thank you National. Espero que voltem para tocar Lit up, Sleeping husband e outras canções que deixaram de fora do repertório. Isso tudo uma semana depois de um show alucinado do Mudhoney no Clash. Agora é sentar e esperar pelo Planeta Terra Festival. Finally 2008 is making me happy.

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